Localidade de Arapeí teve sua origem na 9ª Sesmaria de Bananal, constituindo um dos pontos do Caminho Novo criado para escoar a produção do Brasil colônia.
Em 1783, o governo colonial traçou o objetivo de povoar o Caminho Novo de ligação para o Rio de Janeiro e para as Minas Gerais. Com isso, o Capitão-Mór Manoel da Silva Reis recebeu a missão de distribuir, a pessoas de sua confiança, 13 sesmarias criadas na região. A 9ª sesmaria, no rio Bananal, foi destinada a João Barbosa de Camargo.
O povoado, então denominado Alambari, atingiu seu apogeu no Ciclo do Café (século XVIII), época em que teve relevante papel na vida do Vale do Paraíba, integrando o poderio econômico dos Barões do Café de Bananal.
Com a queda de produtividade nos cafezais da região no final do século XIX, passou a basear sua economia na pecuária leiteira.
Após a proclamação da República, o povoado foi elevado à condição de Distrito, com o nome Alambari, pelo decreto nº 169, de 15 de maio de 1891, subordinado ao município de Bananal.
Em 1º de outubro de 1892 a Lei Estadual nº 112 extinguiu o Distrito, anexando sua área ao território de Bananal.
Na primeira metade do século XX contribuiu decisivamente para a economia do município, diversificando fontes de produção agrícola (exportação de 2 milhões de cruzeiros, moeda da época, em verduras, frutas e legumes), produção de leite (120 mil litros por mês), exportação de carvão vegetal (20 mil sacos por mês), fabricação de tecidos (média de 1.200 metros de tecidos de algodão por dia) e extração de madeira.
Em 30 de novembro de 1944, já com seu nome atual, Arapeí passou a Distrito de Bananal por força da Lei Estadual nº 14.334.
Ao final da década de 40, suas riquezas naturais e históricas, além de suas características econômicas, foram descritas em texto de Ruy Barbosa D´Avila para a publicação “Poliantea de Bananal”, de Alcides Peixoto:
“ ARAPEÍ - (…) Contando com 150 casas, aproximadamente e uma população urbana de 800 a 1.000 habitantes, oferece, entretanto no momento, perspectivas de progredir, o que já vem se evidenciando desde que, elevada à categoria de vila, dotou-se de um Grupo Escolar, Cartório de Paz, Subprefeitura e Subdelegacia de Policia. Concorreu grandemente para reanimar a iniciativa particular que instalou, no perímetro urbano, uma fábrica de tecidos, já em funcionamento, operando com 150 teares e aguardando oportunidade para ser ampliada.
Circundada por montanhas de aspectos pitorescos, detém junto a elas propriedade agrícolas, pastoris e industriais de apreciável monta como “Haras Santa Anita”, “Haras Guanabara”,, Fazendas “São Luiz”, “Caxambú”, “São Francisco”, “Campo Alegre”, “Capitão Mór” e outras com suas quedas d´água, culturas diversas de cereais e hortaliças, além de outras propriedades mais afastadas que circunscrevem toda uma vastidão de reservas florestais.”
Por volta de 1950, a inauguração da rodovia Presidente Dutra esvaziou o tráfego da antiga rodovia Rio-São Paulo e relegou as localidades cortadas por ela a mais um período de adversidades econômicas.
Desde então, o segmento turístico passou a ser o principal foco de Arapeí, graças às suas riquezas naturais, ao artesanato e ao seu diversificado patrimônio cultural.
Por outro lado, na esfera política a influência do então Distrito nas eleições de Bananal, elegendo vários representantes na Câmara de Vereadores e sendo fator decisivo na escolha de Prefeitos, culminou na luta por um plebiscito para definir sua emancipação político-administrativa.
O desmembramento de Bananal veio em 19 de maio de 1991 num resultado plebiscitário que beirou os 100% dos eleitores. A data do plebiscito seria escolhida para celebrar o Dia do Município.
Em 31 de dezembro do mesmo ano foi oficialmente criado o Município de Arapeí pela Lei nº 7.664, especificando sua divisão territorial. Suas divisas sofreram uma pequena modificação pela Lei Estadual nº 9.330, de 27 de dezembro de 1995 e permanece inalterada desde então junto ao IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico.
As primeiras eleições para prefeito e vereadores ocorreram em outubro de 1992 e a instalação do município de Arapeí se deu em 1º de janeiro de 1993 com a posse do Prefeito e Vereadores eleitos.
Desde então, a infraestrutura como município, iniciada praticamente do zero, vai sendo conquistada a passos largos rumo a um desenvolvimento sustentável que implique em melhor qualidade de vida a seus cidadãos.
Ao mesmo tempo, Arapeí preserva seu conjunto arquitetônico e o jeito adorável de cidade pequena do interior, conquistando a simpatia e a preferência de turistas.
A paz acolhedora da cidade é cada vez mais valorizada, num contraponto ao contexto atribulado da vida urbana nos grandes centros populacionais.
1 - Com o Estado do Rio de Janeiro.
Começa no divisor Formoso - Ipiranga, no ponto de cruzamento com o divisor entre os córregos Santo Antônio da Cachoeira e do Açude; continua pela divisa com o Estado do Rio de Janeiro até o ponto de cruzamento com o divisor entre as águas do Rio Barreiro e as do Rio Turvo.
2 - Com o Município de Bananal.
Começa no divisor entre as águas do Rio Barreiro e as do Rio Turvo, no ponto de cruzamento com o contraforte da margem esquerda da água do Piranchim; segue pelo divisor Barreiro - Turvo, até a cabeceira do córrego da Fazenda Santa Terezinha, pelo qual desce até sua foz no Rio Doce; segue pelo contraforte fronteiro até o entroncamento com o divisor entre as águas do ribeirão Vargem Grande ou Rialto, à esquerda, e as águas do Rio Doce, à direita; segue por este divisor e pelo divisor entre as águas do Rio São Pedro e do córrego Campo Comprido, à esquerda, e as águas do Rio do Capitão-Mor, à direita, até o ponto de entroncamento com a serra das Perobeiras, que é o espigão mestre entre as águas do Rio Paca Grande e as do Rio Mambucaba.
3 - Com o Município de São José do Barreiro.
Começa na serra das Perobeiras, que é o espigão mestre entre as águas do Rio Paca Grande e as do Rio Mambucaba, no ponto de cruzamento com o divisor entre as águas do Rio São Pedro e do córrego do Campo Comprido, à esquerda, e as águas do Rio do Capitão-Mor, à direita; segue por aquele espigão mestre até o entroncamento com o divisor que deixa, à direita, as águas do ribeirão do Alambari, e à esquerda, as do ribeirão do Máximo ou Timburiba e que tem aí o nome local de serra do Cazambu; segue por este divisor até entroncar com o contraforte que finda na foz do córrego dos Coelhos, no ribeirão do Máximo ou Timburiba; segue por este contraforte até a referida foz; continua pelo contraforte fronteiro e pelo divisor da margem esquerda do córrego do Claudino, até o divisor Barreiro - Formoso; segue por este divisor até o entroncamento com o divisor entre as águas do córrego Santo Antônio da Cachoeira, à esquerda, e as águas do córrego do Açude, à direita; segue por este divisor até o entroncamento com o divisor Formoso - Ipiranga, onde tiveram início estas divisas
Distrito criado com a denominação de Alambari (ex-povoado), pelo decreto nº 169, de 15-05-1891, subordinado ao município de Bananal.
Pela lei estadual nº 112, de 01-10-1892, foi extinto o distrito de Alambari, sendo seu território anexado ao município de Bananal.
Pelo decreto-lei estadual nº 14.334, de 30-11-1944, é criado novamente o distrito com a denominação de Arapeí, subordinado ao município de Bananal.
Em divisão territorial datada de 01-07-1960, distrito de Arapeí figura no município de Bananal, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988.
Elevado à categoria de município com a denominação de Arapeí pela lei estadual nº 7.664, de 30-12-1991, desmembrado de Bananal. Instalado em 01-01-1993.
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído do distrito sede, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.